Comércio Exterior e Investimentos: EUA x BRASIL
- Cesar (da TOTH)

- 23 de out. de 2023
- 3 min de leitura
Em 2022, comércio bilateral de mercadorias entre os EUA e o Brasil, medido pelo MDIC, atingiu um novo recorde de 498 bilhões de reais, 26% a mais do que o recorde de 2021. Cinquenta e cinco por cento das exportações brasileiras para os EUA são de bens e serviços de valor agregado, um importante gerador de empregos para brasileiros e norte-americanos. Entre os principais produtos brasileiros exportados para os EUA estão aeronaves e peças, produtos derivados do aço semiacabados e produtos de madeira parcialmente manufaturados.
Segundo o mais recente relatório do Banco Central brasileiro, os EUA foram a maior fonte de investimento estrangeiro direto por beneficiário final, com cerca de one trilhão de reais em 2021 — quase quatro vezes mais do montante da próxima maior fonte de investimentos.
Os investimentos dos EUA em iniciativas greenfield são muito maiores do que os investimentos nessa área provenientes de outros países estrangeiros, que podem ajudar a desenvolver investimentos sustentáveis a longo prazo.
Todos os unicórnios ou startups brasileiras, avaliados em mais de cinco bilhões de reais, receberam investimentos dos EUA.
Oitenta por cento dos principais produtos (importação e exportação) dos principais setores do comércio bilateral tiveram um aumento em 2022, um sinal de crescimento maduro e um potencial impressionante em nosso relacionamento comercial.
As empresas brasileiras continuam a expandir sua presença no mercado dos EUA, seja comprando empresas norte-americanas ou estabelecendo seus próprios negócios em diversos setores, incluindo agricultura, processamento de alimentos e finanças.
As empresas norte-americanas de energia estão implantando tecnologia de ponta ao lado de parceiros brasileiros para promover o crescimento contínuo do Brasil como um dos maiores produtores e exportadores de petróleo do mundo.
O Fórum de Energia Brasil-EUA coordena a cooperação bilateral em segurança energética e intercâmbios técnicos e promove investimentos bilaterais do setor privado, como em energia renovável e nuclear, que estão fornecendo fontes limpas de eletricidade para atender às crescentes necessidades energéticas brasileiras.
Em agosto de 2022, foi lançado o Diálogo da Indústria de Energia Limpa (CEID) como parte do Fórum de Energia para trazer uma coordenação mais próxima entre os setores privados de energia renovável de nossos países.
Em fevereiro de 2022, o Brasil tornou-se participante do programa Global Entry, que facilita as viagens de negócios e pessoais para os EUA.
Em 2022, o Brasil e os EUA assinaram um Acordo de Reconhecimento de Operador Econômico Autorizado (OEA), permitindo maior agilidade e previsibilidade na movimentação de cargas entre os dois países. Nos últimos três anos, as empresas brasileiras certificadas pelo Programa AEO transportaram 17% das exportações brasileiras para os EUA.
O SEBRAE e a Organização dos Estados Americanos (OEA), por meio de um projeto financiado pelo governo dos norte-americano, estão implementando a metodologia do Centro de Desenvolvimento de Pequenas Empresas dos EUA (SBDC) no Brasil, beneficiando centenas de PMEs brasileiras.
O Acordo de Pesquisa, Desenvolvimento, Teste e Avaliação Brasil-EUA, ratificado em 2022 pelo congresso brasileiro, permitirá esforços colaborativos em tecnologias básicas e avançadas a um nível desfrutado apenas pelos aliados da OTAN e parceiros estratégicos de segurança mais próximos dos EUA.
Em outubro de 2020, o Brasil e os EUA assinaram um novo protocolo que atualiza o Acordo de Cooperação Comercial e Econômica (ATEC) de 2011, incluindo três anexos focados na facilitação do comércio e administração aduaneira, boas práticas regulatórias e anticorrupção. O protocolo foi ratificado pelo Congresso brasileiro e entrou em vigor como matéria de direito internacional em fevereiro de 2022.
O Fórum de CEOs Brasil-EUA é um dos poucos fóruns de CEOs realizado com grandes economias ao redor do mundo para fornecer recomendações ao setor privado de nossos dois governos, melhorando o ambiente bilateral de comércio e investimento.
Em 2021, o Brasil tornou-se o primeiro país latino-americano a aderir aos Acordos Artemis patrocinados pelos EUA, comprometendo-se com o uso pacífico do espaço e avançando na cooperação espacial bilateral e multilateral.
Como dois dos maiores produtores e exportadores agrícolas do mundo, juntos alimentam quase um quarto da população mundial.
O governo dos EUA foi fundamental na criação da Embrapa, e ambos os países se beneficiam dessa colaboração. Por exemplo, o USDA e a Embrapa estão colaborando em pesquisas para melhorar a eficiência dos fertilizantes, uma grande preocupação de ambos os países e que diminuirá a dependência de fertilizantes globalmente, promoverá a segurança alimentar e reduzirá as emissões de Net Zero.


FONTE: https://br.usembassy.gov/pt/informativo-comercio-exterior-e-investimentos/




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